domingo, 28 de fevereiro de 2010

Calamidade Pública











Não decretá-la é uma opção política. Mas a calamidade está aí. Nasceu, toda a gente no Mundo a viu, mas preferem não baptizá-la. O que faz lembrar o célebre ministro iraquiano da propaganda.


Eis o que diz o decreto-lei:

Ministério da Administração Interna
Decreto-Lei nº 363/88 de 14 de Outubro

Artigo 2º
Âmbito

1 - A concessão excepcional de auxílios financeiros pode ter lugar nos casos previstos e nas condições seguintes:

a) Calamidade pública reconhecida pelo Governo através da resolução de Conselho de Ministros, desde que se verifiquem prejuízos em infra-estruturas ou equipamentos municipais que constituam obstáculo à sua utilização ou prestação normal de serviço e em que a reposição oportuna da situação inicial exija meios que excedam a capacidade financeira do município;

Veja na íntegra o decreto-lei

Imagem de Nossa Senhora da Conceição ímbolo da destruída Capela das Babosas.




Radar Meteorológico

















A partir de agora e perante tamanha desgraça que se abateu sobre a Madeira, talvez seja mais ajuizado gastar 2 milhões de euros para um Radar em vez de 4 milhões para um Jornal e 30 milhões para um estadio.

Tubarões e patos bravos"

















Alguém viu por aí os tubarões e os "patos bravos" da "Madeira Nova"?


Sim! Aqueles que andam a comer há anos à mesa do orçamento e a atentar contra a natureza. Mas quando chega a hora de ajundar o povo, que ficou sem nada, não são capazes de dar um cêntimo.

São tão maus como aqueles aue a PSP apanhou nas pilhagens após o temporal.

Recomenda-se vivamente estes videos

POG no Telejornal Madeira de 5-5-2009

http://www.youtube.com/watch?v=C_MI8nRN7Ps

Telejornal RTPM-23.12.2008 - Monstro do Rabaçal, Madeira

http://www.youtube.com/watch?v=gbsdx6UVIJc

Madeira - Teleférico - meio da floresta Laurissilva Rabaça

lhttp://www.youtube.com/watch?v=fNLSP-59vyg

Plantação 09-08-2008 na RTP-M

http://www.youtube.com/watch?v=fM_UI2DxXtc

MADEIRA


















Exmos (as) Senhores (as)

Creio ser a primeira vez, desde que me iniciei nestas coisas da net, que envio um email para todos os meus contactos. E um email sobre uma questão pública. As minhas desculpas se por acaso os incomodo.

Mas faço - o por um imperativo de consciência. Creio que há momentos em que não devemos calar a revolta, nem pactuar pelo silêncio com a ausência de informação rigorosa.

Conheço, até por motivos familiares, a Madeira. Como qualquer português, e como qualquer cidadão, fiquei chocado com a tragédia ocorrida. À distância e sempre com muita preocupação fui acompanhando, passo a passo, os acontecimentos. E ainda à distância, mesmo que encurtada pelos diários contactos telefónicos com familiares e amigos, fui sendo informado sobre o verdadeiro alcance do choque que afectou os Madeirenses. Primeiro os que perderam pessoas, depois os que perderam bens, depois ainda todos os outros que incrédulos assistiram ao desabar da sua Terra querida.

A catástrofe foi brutal e a força com que essa brutalidade se manifestou foi de uma crueldade inimaginável. Nenhuma dúvida a este propósito pode existir e eu não a tenho. Todavia há erros humanos que aumentaram as consequências da tragédia e que foram praticados, ano após ano, pelos responsáveis públicos. Os mesmos que agora não têm a coragem, a honestidade, o sentido ético de assumir o que de negativo fizeram. Centenas e centenas de casas feitas com o patrocínio de Câmaras e Juntas, edifícios públicos construídos em locais inseguros, aterros de terra feitos sem critério ( já alguém perguntou se a causa de desabamento da chamada Capela das Babosas está apenas na chuva e no vento?), ribeiras estreitadas, etc, etc, etc.

Estranho que não se dê a este assunto a atenção devida e que a comunicação social presente no local não investigue, não indague, não interrogue. E lamento que quem permitiu e patrocinou tudo quanto de negativo foi feito, lave as mãos como Pilatos. Só que as mãos serão lavadas em lama, não em água.

E para terminar gostaria de os convidar a ver um vídeo (uma reportagem da SIC feita há dois anos).

Podem consultar http://arevoltapt.blogspot.com

Enquanto nos calamos e sistematicamente encolhemos os ombros, dificilmente conseguiremos adquirir o estatuto de Cidadãos.

Atenciosamente

Manuel Monteiro

MADEIRA – Verdade Inconveniente (actualizado)

A tragédia que se abateu sobre a ilha da Madeira era expectável. Como se mostra aqui neste documentário imprescindível!
Há que esclarecer, com clareza e sem complexos, duas questões. Em primeiro lugar, se as construções recentemente autorizadas são legais, ou seja, se cumprem os instrumentos de planeamento. E saber se estes levam devidamente em linha de conta as características hidrográficas da ilha.

Então CALA-TE!!!













PEDRO COELHO
Mais vale estar calado do que dizer asneiras!!!

Bispo preside a solene eucaristia, hoje às 17 horas, na Sé

















“O Bispo do Funchal e o Cabido da Sé convidam as autoridades regionais e autárquicas, civis e militares, os sacerdotes e membros de institutos de vida consagrada, os católicos e a população madeirense em geral, a participar ou de algum modo associar-se a esta celebração de fé e de esperança”, na Sé, hoje, às 17 horas.

Será um momento de expressarmos a nossa solidariedade e profunda comunhão, suplicando a Misericórdia de Deus para aqueles que faleceram, a força da esperança para os seus familiares e a coragem e o ânimo para todos quantos, com determinação, se empenham na reconstrução das suas vidas e na reedificação da nossa Ilha, na sua reconhecida e tão apreciada beleza”, lê-se num comunicado da diocese.

A RTP/Madeira e o Posto Emissor do Funchal transmitem em directo esta celebração.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Não foi uma entrevista, foi um exercício de culto do seu próprio ego feito na primeira pessoa: eu,eu,eu, eu...

Ontem na Grande Entrevista na RTP, com Judite Sousa.

QUANTAS PESSOAS MORRERAM NA MADEIRA?












«O próprio gabinete de Medicina Legal responsável pela morgue, que funciona em instalações provisórias junto ao aeroporto da ilha, foi obrigado a esclarecer a situação, que tem vindo a originar uma onda de boatos e de instabilidade.

Cristina Mendonça assumiu que desde o início do ano e até ao dia da tragédia já tinham sido realizadas 63 autópsias na ilha. E que a numeração de cadáveres que foram sendo descobertos seguiu esta lista, não tendo sido contabilizada de forma autónoma.

Ou seja, ao primeiro cadáver da enxurrada foi atribuido o número 64 e assim sucessivamente. Daí que o número de autopsias realizadas na morgue, desde o início de Janeiro, já tenha ultrapassado a centena.» [Diário de Notícias]

Parecer: Como seria de esperar a tentativa de Alberto João de tentar iludir os resultados da catástrofe está a dar lugar a boatos. Começa a ser evidente que ao mesmo tempo que combate a crise o líder regional está a preocupar-se muito com o seu próprio poder e imagem.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se a postura de Alberto João Jardim.»

Sócrates reúne-se com Jardim na segunda-feira. Encontro tem por objectivo analisar medidas na sequência da intempérie.

















O primeiro-ministro reúne-se segunda-feira, antes de partir para a sua visita oficial a Moçambique, com o presidente do Governo Regional da Madeira, para analisar medidas tendentes a minorar a destruição provocada pela intempérie de sábado.

De acordo com fonte do gabinete do primeiro-ministro, na reunião, que terá lugar na residência oficial, pelas 15h00, além de José Sócrates, estarão presentes da parte do Governo os ministros de Estado e das Finanças, Teixeira dos Santos, da Presidência, Pedro Silva Pereira, e da Administração Interna, Rui Pereira.

No próprio dia em que a Madeira foi fustigada pela intempérie, o primeiro ministro deslocou-se ao Funchal para se inteirar pessoalmente dos elevados estragos causados pelo temporal.

Após uma reunião com Alberto João Jardim, José Sócrates disse ter ficado combinado que, entre o Governo Regional e o Governo da República, haverá "uma ajuda para responder às situações de emergência e manter um diálogo por forma a que se possa definir um quadro geral de ajuda à região para responder à situação".

TAPAR O SOL COM A PENEIRA










Depois de Alberto João Jardim ter evitado a declaração de calamidade pública para evitar prejuízos no turismo, começam a haver sinais de que a administração regional tudo faz para eliminar todos os sinais de catástrofe, tentando não só poupar a imagem turística da ilha, mas também escamotear as causas do que sucedeu e minimizar os prejuízos políticos.

Mais tarde, ou mais cedo o país terá de reflectir sobre o que se passou e analisar as suas causas, até porque deverão se adoptadas medidas para que no futuro não suceda nada de semelhante, mas também para apurar responsabilidades, se as houverem. Alberto João está a assumir a postura de Marquês de Pombal, até usou expressões atribuídas ao marquês, mas é um facto que o presidente do governo regional tem mais responsabilidades políticas na extensão do desastre do que Sebastião José de Carvalho e Melo teve no terramoto de Lisboa.

A boa resposta do governo regional e do país é louvável mas não poderá nem deverá servir para iludir as causas do desastre ou pelo menos a aplicação das consequências das chuvas, até porque para muitos era um desastre anunciado.

"Catástrofe não caiu do céu"

















A Visão desta semana defende que
catástrofe na Madeira não caiu do céu:

«Há muito que, em documentos oficiais, se previa uma tragédia como esta. O Ministério Público vai apurar se a negligência das autoridades regionais pode ser classificada como "um crime".»

Um desastre já anunciado há dois anos

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Qual será a prioridade de Alberto João o Túnel entre a Meia Légua e a Serra d'Água ou o Radar Meteorológico?




Madeira: lista dos desaparecidos

Segundo o site da Presidência do Governo Regional, é a seguinte a lista dos desasparecidos, de acordo com os dados fornecidos pelo Ministério Público na Madeira (a presidência do Governo pede a estas pessoas que contactem as respectivas famílias ou o telefone 925790807):

Álvaro Correia Fernandes – São Roque

Susana Micaela Sousa Pinto Cecília Marita Araújo – Estreito da Calheta
Maria da Conceição Macedo – Ribeira Brava

Anacleta Macedo Silva - Ribeira Brava
Carla Patrícia Abreu Pita - Ribeira Brava

Marcelino Abreu Pita - Ribeira Brava

Maria da Conceição Freitas – Jardim da Serra, Câmara de Lobos

Manuel Araújo Nunes – Laranjal –Sto António

Fortunato Ornelas Nóbrega – Funchal

José Guilherme Fontes Almeida – Funchal

Soraia Patrícia Gomes Pereira – Sto António

Diana Raquel Abreu Pereira – Sto António
João Carlos Nóbrega Calaça – Tábua

Alexandre Faria Clemente – São Gonçalo

Orlando do Rego Vieira – Funchal

Jaime Francisco Faria - Funchal

Maria Constança da Silva Pereira – Serra de Água

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Será que a Câmara do Funchal alguma vez teve em atenção os seguintes domínios de actuação?
















levantamento, previsão, avaliação e prevenção dos riscos colectivos;

análise permanente das vulnerabilidades perante situações de risco;

informação e formação das populações, visando a sua sensibilização em matéria de autoprotecção e colaboração com as autoridades;

planeamento de soluções de emergência, visando a busca, o salvamento, a prestação do socorro e de assistência, bem como a evacuação, alojamento e abastecimento das populações;

inventariação dos recursos e meios disponíveis e dos mais facilmente mobilizáveis, ao nível local;

estudo e divulgação de formas adequadas de protecção de edifícios em geral, de monumentos e de outros bens culturais, de infra-estruturas, do património arquivístico, de instalações de serviços essenciais, bem como do ambiente e dos recursos naturais;

previsão e planeamento de acções atinentes à eventualidade de isolamento de áreas afectadas por riscos.

2º Voo com ajuda já está no Funchal















Para apoiar as operações de socorro em curso na Madeira, na consequência do mau tempo que fustigou o arquipélago, partiu às 17h15, de dia 22 de Fevereiro, da Base Aérea de Figo Maduro, um avião C-130 da Força Aérea Portuguesa, levando a bordo duas equipas cinotécnicas da GNR, seis elementos do Regimento Sapadores Bombeiros de Lisboa e seis elementos da Marinha.

O coordenador do Ministério Público na Madeira quer apurar as responsabilidades pelo que se passou e abriu um inquérito para investigar se houve crime


Marco Tavares, Deputado Municipal do Funchal pelo PND «arregaçou as mangas» como voluntariado.





































O dia da tragédia!