domingo, 18 de março de 2012

O que Rui Moisés não disse no Fórum Ambiente da Central de Favores Cunhas e Angariação de Empregos







Raimundo Quintal denunciou esta semana, na sua página do Facebook, a situação que registou na “Ribeira Seca do Faial”. “Esta inicia a captação de água na cordilheira central da Madeira e já perto da foz une-se com a Ribeira de São Roque do Faial, desaguando juntas numa foz estrangulada e abusivamente empurrada para a base da arriba da Penha de Águia”, descreve o geógrafo e ambientalista.


Segundo diz, dois anos após as cheias repentinas de 2 e 20 de Fevereiro de 2010, os canais de escoamento das duas ribeiras de regime torrencial continuam a ser alterados sem qualquer respeito pelas leis da natureza. “Na Ribeira de São Roque a anarquia paisagística entra nos olhos de quem viaja de carro do Porto da Cruz para o Faial”, constata. “Na Ribeira Seca a trapalhada, que vos mostro nas fotografias, é feita mais às escondidas, mas não acredito que não seja do conhecimento das entidades autárquicas e regionais. ”O geógrafo lembra que no próximo dia 25 um comissário da UNESCO entregará à Câmara de Santana o certificado oficial da Reserva Mundial da Biosfera, galardão conquistado em Junho de 2011 como reconhecimento da importância dos ecossistemas do concelho, “onde se conciliam a conservação da biodiversidade com o seu uso sustentável”.


Quintal recorda que a reserva integra uma componente terrestre, que corresponde a toda a área emersa do concelho, e uma componente marinha. Por isso mesmo, deixa um alerta: “É importante que a Câmara de Santana esclareça se a extracção anárquica de blocos rochosos e o depósito de terras no leito das ribeiras do concelho são usos sustentáveis do ecossistema e compatíveis com os objectivos da Reserva Mundial da Biosfera.”

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