Pela primeira vez na Europa, a Madeira reúne alguns dos melhores especialistas nacionais e internacionais para, numa única semana, proporcionarem seis formações que abrangerão uma centena e meia de formandos nas áreas do Trauma, da Emergência e da Catástrofe.
Entre as formações que serão ministradas, destaque para a de Catástrofe, por ser a primeira vez que se realiza em Portugal e a quarta a nível mundial. Terá também lugar uma formação em Trauma de bloco operatório, o que permitirá ter todo o serviço de cirurgia formado nesta área, um facto único no país.
«É com muita satisfação que damos início à semana internacional do Trauma da Madeira, que conta com iniciativas inovadoras a nível do país que muito nos honram», comentou o secretário regional dos Assuntos Sociais.
Jardim Ramos valorizou a iniciativa até porque, explicou, cada vez mais, os prestadores de cuidados de saúde são solicitados para atender os doentes vítimas de trauma, facto resultante do aumento dos acidentes de viação, acidentes no domicílio e em espaços públicos, acidentes laborais e de catástrofes naturais. «É prioritário agir na área da prevenção das situações de risco e sobretudo encontrar modelos de resposta eficazes para este problema», complementou.
Daí a necessidade de apostar na elevada formação dos profissionais de saúde, assim como modernizar os equipamentos, apostando na implementação de tecnologias de ponta, e criando respostas planificadas e organizadas. «Segundo os estudos da Organização Mundial de Saúde, a organização eficaz dos serviços de trauma permite reduzir as causas de morte em cerca de 20 por cento. Atingir esta percentagem é um dos nossos objectivos. Temos acompanhado as necessidades de termos respostas cada vez mais eficazes, eficientes e sobretudo rápidas, pois cada segundo conta em situações de trauma», apontou o governante.
Exemplo disso foi a aplicação no terreno de todo o plano de catástrofe aquando da intempérie que assolou a Madeira a 20 de Fevereiro último. «Os resultados foram comprovadamente um sucesso. Graças aos anos de trabalho, dedicação e empenho de todos, desde os agentes de protecção civil aos profissionais de saúde, funcionou de forma exemplar como uma verdadeira cadeia de comando», continuou.
Jardim Ramos também aludiu ao salto qualitativo que foi dado nesta área com a implementação da Via Verde do Trauma, o que permitiu uma abordagem mais rápida e segura ao doente de acordo com as linhas de orientação internacionais. «A via verde veio complementar o sistema de emergência pré hospitalar que desde 1999 vem sendo desenvolvido na Madeira. Com a EMIR , a equipa pode aceder ao local do acidente, em qualquer ponto da nossa Região em mais ou menos 30 minutos, o que é obra e deve ser uma referência em qualquer parte do país e mesmo do mundo», afirmou, para concluir que enquanto região ultraperiférica, «é muito importante para a Madeira acompanha e tudo o que de mais desenvolvido vem sendo feito a nível internacional»
Semana é fruto do reconhecimento da Região
Desde 2004 que o SESARAM tem proporcionado aos profissionais de saúde da Região, nomeadamente, médicos, cursos de Trauma. Mas, a partir deste ano, avança também o primeiro curso para enfermeiros, conforme explicou Pedro Ramos, director do serviço.
Em relação ao curso de catástrofe, Medical Response Major Incidents, frisou que foram feitos, até agora, dois cursos na Croácia, sendo que o terceiro, que teve a presença de um cirurgião do Funchal, decorreu na Holanda em Maio deste ano.
Pedro Ramos nega que esta quarta formação surja apenas em consequência dos acontecimentos do início do ano na Madeira, mas também fruto do reconhecimento nacional e internacional de algum trabalho que tem sido feito na Região por parte das pessoas envolvidas na área. «De facto, termos conseguido a disponibilidade de, para além dos seis instrutores regionais, outros 10 nacionais e 11 internacionais para colaborarem connosco na administração de mais conhecimentos e técnicas relacionadas com a abordagem do trauma, da emergência e da catástrofe, é um reconhecimento da parte internacional da Sociedade Europeia de Trauma e de Cirurgia», argumentou.
Este curso, que vai se desenvolver nos moldes da resposta à catástrofe em termos organizacionais, envolverá 50 profissionais, o pré-hospitalar, o hospital, a EMIR e a Protecção Civil, contando com as principais personalidades a nível mundial de áreas como aspectos organizativos de resposta a catástrofes. Por aqui vão passar o director do serviço de ambulância de Londres e um médico do Japão que vai servir como auditor do terceiro curso de ecografia para cirurgiões, o que vai permitir que 75 profissionais da área da cirurgia, dos cuidados intensivos, do pré hospitalar e da anestesia possam ter uma abordagem diferente ao doente politraumatizado na Região.
Celso Gomes
Fonte:http://www.jornaldamadeira.pt/not2008.php?Seccao=14&id=161374&sup=0&sdata=
Entre as formações que serão ministradas, destaque para a de Catástrofe, por ser a primeira vez que se realiza em Portugal e a quarta a nível mundial. Terá também lugar uma formação em Trauma de bloco operatório, o que permitirá ter todo o serviço de cirurgia formado nesta área, um facto único no país.
«É com muita satisfação que damos início à semana internacional do Trauma da Madeira, que conta com iniciativas inovadoras a nível do país que muito nos honram», comentou o secretário regional dos Assuntos Sociais.
Jardim Ramos valorizou a iniciativa até porque, explicou, cada vez mais, os prestadores de cuidados de saúde são solicitados para atender os doentes vítimas de trauma, facto resultante do aumento dos acidentes de viação, acidentes no domicílio e em espaços públicos, acidentes laborais e de catástrofes naturais. «É prioritário agir na área da prevenção das situações de risco e sobretudo encontrar modelos de resposta eficazes para este problema», complementou.
Daí a necessidade de apostar na elevada formação dos profissionais de saúde, assim como modernizar os equipamentos, apostando na implementação de tecnologias de ponta, e criando respostas planificadas e organizadas. «Segundo os estudos da Organização Mundial de Saúde, a organização eficaz dos serviços de trauma permite reduzir as causas de morte em cerca de 20 por cento. Atingir esta percentagem é um dos nossos objectivos. Temos acompanhado as necessidades de termos respostas cada vez mais eficazes, eficientes e sobretudo rápidas, pois cada segundo conta em situações de trauma», apontou o governante.
Exemplo disso foi a aplicação no terreno de todo o plano de catástrofe aquando da intempérie que assolou a Madeira a 20 de Fevereiro último. «Os resultados foram comprovadamente um sucesso. Graças aos anos de trabalho, dedicação e empenho de todos, desde os agentes de protecção civil aos profissionais de saúde, funcionou de forma exemplar como uma verdadeira cadeia de comando», continuou.
Jardim Ramos também aludiu ao salto qualitativo que foi dado nesta área com a implementação da Via Verde do Trauma, o que permitiu uma abordagem mais rápida e segura ao doente de acordo com as linhas de orientação internacionais. «A via verde veio complementar o sistema de emergência pré hospitalar que desde 1999 vem sendo desenvolvido na Madeira. Com a EMIR , a equipa pode aceder ao local do acidente, em qualquer ponto da nossa Região em mais ou menos 30 minutos, o que é obra e deve ser uma referência em qualquer parte do país e mesmo do mundo», afirmou, para concluir que enquanto região ultraperiférica, «é muito importante para a Madeira acompanha e tudo o que de mais desenvolvido vem sendo feito a nível internacional»
Semana é fruto do reconhecimento da Região
Desde 2004 que o SESARAM tem proporcionado aos profissionais de saúde da Região, nomeadamente, médicos, cursos de Trauma. Mas, a partir deste ano, avança também o primeiro curso para enfermeiros, conforme explicou Pedro Ramos, director do serviço.
Em relação ao curso de catástrofe, Medical Response Major Incidents, frisou que foram feitos, até agora, dois cursos na Croácia, sendo que o terceiro, que teve a presença de um cirurgião do Funchal, decorreu na Holanda em Maio deste ano.
Pedro Ramos nega que esta quarta formação surja apenas em consequência dos acontecimentos do início do ano na Madeira, mas também fruto do reconhecimento nacional e internacional de algum trabalho que tem sido feito na Região por parte das pessoas envolvidas na área. «De facto, termos conseguido a disponibilidade de, para além dos seis instrutores regionais, outros 10 nacionais e 11 internacionais para colaborarem connosco na administração de mais conhecimentos e técnicas relacionadas com a abordagem do trauma, da emergência e da catástrofe, é um reconhecimento da parte internacional da Sociedade Europeia de Trauma e de Cirurgia», argumentou.
Este curso, que vai se desenvolver nos moldes da resposta à catástrofe em termos organizacionais, envolverá 50 profissionais, o pré-hospitalar, o hospital, a EMIR e a Protecção Civil, contando com as principais personalidades a nível mundial de áreas como aspectos organizativos de resposta a catástrofes. Por aqui vão passar o director do serviço de ambulância de Londres e um médico do Japão que vai servir como auditor do terceiro curso de ecografia para cirurgiões, o que vai permitir que 75 profissionais da área da cirurgia, dos cuidados intensivos, do pré hospitalar e da anestesia possam ter uma abordagem diferente ao doente politraumatizado na Região.
Celso Gomes
Fonte:http://www.jornaldamadeira.pt/not2008.php?Seccao=14&id=161374&sup=0&sdata=
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